Nos corredores dos mercados, encontramos prateleiras repletas de produtos prontos, coloridos, embalados e altamente atraentes. Porém, muitos desses itens são alimentos ultraprocessados — vilões silenciosos da saúde que, quando consumidos em excesso, estão associados ao aumento de doenças crônicas como obesidade, diabetes, hipertensão e até depressão.
Mas afinal, o que são ultraprocessados? E como podemos identificá-los no dia a dia?
🧪 O que são alimentos ultraprocessados?
De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira (Ministério da Saúde), alimentos ultraprocessados são formulações industriais feitas a partir de substâncias extraídas de alimentos (óleos, gorduras, açúcar, amido, proteínas), com adição de aditivos químicos como corantes, aromatizantes, emulsificantes, conservantes e outros que não são usados em preparações caseiras.
Eles têm baixo valor nutricional e são criados para serem hipersaborosos, duráveis e convenientes, o que facilita o consumo excessivo.
🧃 Exemplos comuns:
- Refrigerantes, sucos artificiais, refrescos em pó
- Biscoitos recheados, salgadinhos de pacote
- Bolos e pães de forma industrializados
- Macarrão instantâneo
- Produtos congelados prontos para consumo (lasanha, nuggets, pizzas)
- Barras de cereal “fit” industrializadas
- Iogurtes com sabores artificiais
📦 Como identificar um ultraprocessado?
🔍 1. Lista de ingredientes longa e complicada:
Se contém muitos itens com nomes que você não reconhece ou não usaria em casa, é um sinal claro. Exemplos: glutamato monossódico, xarope de milho, maltodextrina, gordura vegetal hidrogenada.
📉 2. Rótulos atrativos com alegações de saúde:
“Fonte de vitaminas”, “zero gordura”, “rico em fibras”… Muitos ultraprocessados usam essas alegações para parecerem saudáveis, mesmo não sendo.
🕑 3. Data de validade extensa:
Produtos com validade de meses (ou anos!) geralmente passaram por muitos processos químicos para durar tanto tempo.
📊 4. Pouco ou nenhum alimento de verdade:
Se o produto não tem como base ingredientes naturais como arroz, feijão, frutas, legumes ou ovos, desconfie.
✅ Dicas para reduzir o consumo:
- Priorize alimentos in natura ou minimamente processados, como frutas, verduras, grãos, carnes frescas.
- Cozinhe mais em casa, mesmo que em porções simples.
- Leia os rótulos com atenção e desconfie de nomes difíceis.
- Planeje refeições e lanches para evitar recorrer à praticidade industrial.
Lembre-se: quanto menos processado o alimento, melhor para a sua saúde — e para o planeta. Escolher com consciência é um passo importante para uma vida mais equilibrada e sustentável.
Fonte: Cerrado Temperado