Valor Nutricional dos Alimentos Regionais

O Cerrado é um dos biomas mais ricos do Brasil — e essa riqueza também aparece nos alimentos regionais que fazem parte da cultura gastronômica de Brasília e entorno. Além de saborosos, muitos frutos, sementes e raízes típicos possuem alto valor nutricional e propriedades funcionais que merecem destaque na alimentação do dia a dia.

Entre os alimentos mais conhecidos está o pequi, extremamente energético e rico em gorduras boas, carotenoides e antioxidantes. Seu consumo contribui para a saúde dos olhos, da pele e para a redução de processos inflamatórios. Já o baru (cumbaru) é considerado um superalimento: contém proteínas, fibras e um teor elevado de minerais como magnésio, zinco e ferro. Sua castanha tem mais proteína que muitas oleaginosas tradicionais.

O araticum (marolo) é outro destaque, com grande concentração de vitaminas do complexo B, fibras e compostos bioativos que auxiliam na digestão e fortalecem o sistema imunológico. A cagaita, famosa por seu efeito regulador intestinal, é rica em vitamina C e água, sendo excelente para hidratação em dias quentes.

Já o murici possui alta quantidade de antioxidantes naturais e um sabor ácido característico. É excelente para receitas leves e nutritivas. O jatobá, por sua vez, abriga uma polpa rica em fibras, cálcio e ferro — um alimento tradicionalmente usado para dar energia e fortalecer o organismo.

Consumir alimentos regionais não é apenas uma questão cultural: é uma forma de aumentar a diversidade nutricional da dieta, valorizar produtores locais e manter vivo o patrimônio alimentar do Cerrado. Quanto mais próximos do campo e da estação, mais rico é o prato e mais saudável é a rotina.

Fonte: Cerrado Temperado