O Cerrado brasileiro é um dos biomas mais ricos em biodiversidade do planeta, mas muitos de seus alimentos típicos ainda são pouco explorados fora das comunidades locais. Frutas, sementes e raízes carregam não apenas sabor, mas também histórias, saberes tradicionais e um imenso potencial para a gastronomia e a saúde. Valorizar esses alimentos é também uma forma de preservar a cultura e a natureza do Cerrado.
🌿 Frutas que encantam
- Pequi: símbolo da culinária goiana e mineira, tem sabor marcante e é usado em arroz, carnes e até licores.
- Cagaita: fruta azedinha, ideal para sucos, doces e sorvetes, também conhecida por suas propriedades digestivas.
- Araticum (marolo): polpa adocicada e cremosa, muito apreciada em sobremesas e até na fabricação de pães e bolos.
- Baru: a castanha do Cerrado, rica em proteínas, gorduras boas e minerais, excelente substituto de oleaginosas importadas.
🌱 Raízes e sementes
- Mangaba: usada em sucos e compotas, com sabor doce e levemente ácido.
- Jatobá: sua farinha pode ser utilizada em receitas de pães e bolos, com alto valor energético.
- Sucupira: tradicionalmente usada em chás e garrafadas medicinais, reconhecida pelas propriedades anti-inflamatórias.
🍲 Por que merecem mais atenção?
- Sustentabilidade: incentivar o consumo desses alimentos fortalece comunidades extrativistas e reduz a pressão sobre monoculturas.
- Saúde: são alimentos ricos em nutrientes, fibras, antioxidantes e óleos naturais.
- Cultura: mantêm viva a memória e o modo de vida das populações tradicionais do Cerrado.
- Economia local: geram renda e valorizam cadeias produtivas regionais.
Conclusão
Explorar e valorizar os alimentos tradicionais do Cerrado é mais do que uma experiência gastronômica: é um ato de resistência cultural e de preservação ambiental. Da próxima vez que visitar uma feira ou mercado local, procure por pequi, baru, cagaita ou araticum — cada um deles carrega a identidade de um bioma único e merece estar mais presente na mesa dos brasileiros.

