Nos últimos anos, o açúcar de coco conquistou espaço nas prateleiras de produtos naturais e nas receitas “fit” como uma alternativa ao açúcar refinado. Mas será que ele é realmente mais saudável? E será que vale a pena incluí-lo na sua alimentação?
Vamos descobrir o que a ciência e a nutrição funcional dizem sobre esse doce queridinho.
🥥 O que é o açúcar de coco?
O açúcar de coco é feito da seiva da flor do coqueiro. Essa seiva é aquecida até se transformar em cristais — com aparência parecida com o açúcar mascavo.
Ele é minimamente processado, o que mantém parte dos minerais naturais da planta.
🔍 Benefícios atribuídos ao açúcar de coco:
✅ Índice glicêmico mais baixo
Em comparação ao açúcar branco, o açúcar de coco possui um índice glicêmico (IG) estimado entre 35 e 54, enquanto o açúcar refinado tem IG próximo de 65 a 70.
➡️ Isso significa que ele eleva o açúcar no sangue mais lentamente — mas ainda assim, é um açúcar e contém frutose.
✅ Contém micronutrientes naturais
Em pequenas quantidades, oferece:
- Ferro
- Zinco
- Potássio
- Antioxidantes
✅ Menos processado
Não passa por branqueamento ou adição de produtos químicos — diferentemente do açúcar branco.
⚠️ Mas atenção: é saudável só por isso?
Nem tanto. Veja o que você precisa saber:
🔸 Tem quase a mesma quantidade de calorias do açúcar comum
Açúcar de coco: cerca de 15 a 20 calorias por colher de chá, praticamente igual ao açúcar branco.
🔸 Ainda é um açúcar simples
Apesar do IG menor, a frutose ainda está presente, e o consumo excessivo pode:
- Estimular a resistência à insulina
- Aumentar gordura no fígado
- Gerar picos glicêmicos em pessoas sensíveis
🔸 Os minerais estão em quantidades muito pequenas
Você teria que consumir muito açúcar de coco para atingir a dose diária recomendada de zinco ou potássio — o que não seria saudável.
🍰 Então, vale a pena usar?
✅ Sim — com moderação
Ele pode ser uma escolha melhor que o açúcar refinado, especialmente se você busca reduzir a carga glicêmica da dieta ou evitar alimentos altamente processados.
Mas ainda é açúcar, e não deve ser consumido livremente pensando que é “fit” ou “light”.
💡 Dicas práticas:
- Use para adoçar preparações caseiras (bolos, granolas, mingaus)
- Combine com fibras e gorduras boas (como aveia ou castanhas) para reduzir o impacto glicêmico
- Evite em excesso se você tem diabetes, resistência à insulina ou tenta emagrecer
Fonte: Cerrado Temperado