Se você já mordeu uma pimenta sem querer ou ama pratos apimentados, com certeza conhece a sensação de ardência que toma conta da boca — e às vezes até do corpo todo! Mas afinal, o que faz a pimenta arder? E por que algumas são tão mais fortes que outras?
🔥 A culpada: capsaicina
A ardência da pimenta vem de uma substância chamada capsaicina, um composto químico presente nas sementes e na parte branca interna do fruto (a placenta da pimenta).
Ela ativa os receptores de dor da língua, que interpretam a capsaicina como uma “queimadura”, mesmo que não haja calor real.
É por isso que a sensação é de fogo — mas na prática, é apenas uma resposta neurológica do corpo.
📊 A Escala Scoville: medindo a potência
Criada em 1912, a Escala Scoville mede a concentração de capsaicina em uma pimenta. Quanto maior a pontuação, mais ardente ela é.
Veja alguns exemplos:
Pimenta | Escala Scoville (SHU) |
---|---|
Pimentão | 0 |
Jalapeño | 2.500 a 8.000 |
Malagueta (brasileira) | 50.000 a 100.000 |
Habanero | 100.000 a 350.000 |
Carolina Reaper (a mais forte do mundo) | Até 2.200.000 |
🧪 SHU = Scoville Heat Units (Unidades de Calor Scoville)
🌱 Por que a pimenta produz capsaicina?
A capsaicina não serve para atacar humanos, mas sim para afastar mamíferos predadores e proteger as sementes da planta. Curiosamente, pássaros não sentem a ardência da capsaicina — e por isso são excelentes dispersores naturais das sementes.
🤯 Por que algumas pessoas amam pimenta?
A ardência ativa a liberação de endorfinas e adrenalina, o que dá uma sensação de prazer ou até “euforia leve”. Para algumas pessoas, comer pimenta é um desafio prazeroso, como uma montanha-russa gastronômica.
🥵 Como aliviar a ardência?
- Evite água — ela espalha a capsaicina.
- Prefira leite, iogurte ou alimentos gordurosos, que ajudam a dissolver o composto.
- Pão ou arroz também funcionam como “absorventes” naturais.
✨ Conclusão
A ardência da pimenta é mais do que sabor: é química, defesa natural e cultura. Saber o que está por trás dessa sensação ajuda a escolher melhor as variedades e respeitar seus limites na cozinha — ou ousar com consciência!
Fonte: Cerrado Temperado